Ser mentor definitivamente não é uma “missão” fácil. Por se tratar de um processo que envolve pessoas já marca o nível de exigência.
O Mentoring está muito focado no desenvolvimento profissional, no entanto, para o Mentor conseguir desenvolver certas competências no seu ou seus Mentorados, o próprio precisa de ter desenvolvido algumas competências transversais.
Clutterbuck (2012) definiu 10 competências que o Mentor deve ter, ou desenvolver, para ser um profissional de alta performance, são elas:
1. Experiência profissional
Um profissional que possui experiência indica que já passou por momentos e situações não conhecidas e não vivenciadas enquanto estudante. É um profissional que já tem bagagem de vida, que desenvolveu competências técnicas e, também, transversais para construir o seu caminho. Por isso, a experiência profissional pode ser um bom aliado para o Mentor, pois em algumas situações que o mentorado pode trazer, o Mentor pode ter já passado por algo parecido e, em princípio, consegue aconselhar da melhor forma possível.
2. Autoconsciência
O psicólogo Daniel Goleman, no seu livro “Inteligência Emocional“, define a autoconsciência como “conhecer os estados internos, preferências, recursos e intuições”. Ou seja, é importante que o Mentor tenha a capacidade de monitorizar o seu próprio mundo interior, pensamentos e emoções à medida que surgem, assim irá ter mais clareza sobre os objetivos traçados.
3. Clareza sobre os objetivos
Ter clareza sobre os objetivos é essencial na relação entre Mentor e Mentorado. Quanto maior for a clareza do Mentor em relação aos seus objetivos na relação de Mentoring, mais motivado e comprometido vai se sentir, entregando-se mais à relação.
4. Compromisso com a aprendizagem
Tratando-se de um processo de desenvolvimento, o Mentor tem que estar fortemente comprometido com a aprendizagem, não só do seu Mentorado, no sentido de lhe ensinar, mas com a própria aprendizagem, o querer saber mais, aprender mais, ter sede pelo conhecimento.
5. Consciência e compreensão pelo comportamento do outro
Ter consciência e compreender os comportamentos do seu ou seus Mentorados. Ter noção de que os Mentorados não são os seus clones e respeitar e aceitar genuinamente o comportamento do outro.
6. Interesse em desenvolver o outro
Não basta querer ensinar, aconselhar, contar as suas experiências, tem que ter prazer, o interesse pleno pelo desenvolvimento de outras pessoas, neste caso, no mentorado. Sentir-se realizado quando o Mentorado desenvolver determinadas competências, vibrar com as conquistas do outro.
7. Competências comunicacionais
A comunicação faz parte da natureza do ser humano. Em todos os aspetos da vida utilizamo-la nas suas mais variadas formas, como por exemplo, a comunicação verbal ou não verbal. Comunicar com eficiência e eficácia é muito importante. No Mentoring o Mentor utiliza as suas competências comunicacionais para aconselhar, transmitir conhecimento, perceber o que se passa com o seu Mentorado, tornando-se essencial saber fazer conexões efetivas e passar informações de forma clara. Significa compreender e ser compreendido.
8. Sentido de humor
Ter sentido de humor é uma qualidade própria da personalidade de uma pessoa mais bem-disposta com a vida, que sabe ver o lado engraçado e menos dramático das situações difíceis. De acordo com as características de personalidade, desenvolver o sentido de humor pode ser mais fácil ou mais difícil. O que se sabe é que quando usamos o nosso sentido de humor conseguimos, em alguns momentos mais difíceis ou desconfortáveis, levar a situação com mais leveza.
9. Gestão dos relacionamentos
Saber fazer a gestão dos relacionamentos contribui para um bom ambiente entre Mentor e Mentorado. O relacionamento saudável entre duas pessoas, quando se conhecem, quando são capazes de se colocar no lugar dos outros (demonstram empatia), quando expressam as suas opiniões de forma clara e direta sem ofender o outro (assertividade), quando são cordiais e têm um sentido de ética só tem indicadores de que será uma boa relação. Saber gerir de forma assertiva essas relações faz parte das competências desejáveis para um bom Mentor.
10. Modelagem conceptual
A modelagem conceitual na sua descrição pura e dura trata-se da descrição da semântica de aplicativos de software num alto nível de abstração. Passando para a linguagem do Mentoring, o modelo conceitual é um diagrama ou esquema em blocos que irão demonstrar todas as relações entre as entidades (ou pessoas), suas especializações, seus atributos e autorelações.
Tem desenvolvida as 10 competências que contribuem para ser um bom Mentor? Se ainda não tiver, vai a tempo de aprimorar, saiba que o primeiro passo para o desenvolvimento é o autoconhecimento. Conheça mais sobre o Mentoring, as competências que o mentor deve possuir e as ferramentas chave para potencializar a relação na Certificação em Mentoring Online.