5 Mitos sobre o Mentoring

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Sendo o Mentoring um programa de desenvolvimento profissional é, muitas vezes, confundido com outros tipos de programa de desenvolvimento, como o Coaching, por exemplo. No entanto, são ferramentas diferentes que já foram explicadas num outro artigo chamado “Qual a diferença entre coaching e Mentoring?”, pode consultar para não cometer o erro de achar que estamos a falar do mesmo.

Na verdade a prática de Mentoring é bastante antiga, no entanto ficou um pouco esquecida. Foi só na década de 70 que esta prática voltou à tona, ganhou força nos EUA, nas escolas de Gestão, Economia e Ciências Humanas para o desenvolvimento de carreira.

Apesar do Mentoring ser uma prática antiga, ainda existem muitos mitos associados. No livro “Ferramentas de Mentoring”, Penim e Catalão (2018), enumeram alguns dos mitos mais comuns, conversaremos sobre eles e deixaremos claro o que antes poderia parecer “duvidoso”.

 

1. “Quem tem mais conhecimento e experiência é melhor Mentor. ”

Este é um mito bastante comum de ser reproduzido. Porém, nem sempre ter mais conhecimento e experiência é um indicador de que o profissional será um bom Mentor. Acima de tudo, porque para ser Mentor é preciso possuir disponibilidade mental, ter características específicas, como por exemplo, ter interesse genuíno em contribuir para o desenvolvimento de outras pessoas. Para além disto, é necessário também possuir competências chave para ser Mentor, como a comunicação e a assertividade. Assim, apenas a experiência dos anos acumulados não quer dizer na prática que será melhor Mentor.

 

2. “Quem tem funções de liderança é melhor Mentor. ”

No mesmo seguimento da análise anterior, podemos afirmar que a liderança, por si só, não quer dizer que o Mentor será “o melhor”. A função que o Mentor possuir deve estar de acordo com os objetivos traçados para o processo de Mentoring. O Mentor pode advir de qualquer função, desde que tenha as características e competências necessárias para o efeito.

 

3. “Mentoring é, basicamente, partilhar conhecimento e dar conselhos. ”

É bastante comum ouvir esta frase, até mesmo alguns Mentorados quando integram pela primeira vez programas de Mentoring acham que o Mentor vai dar os conselhos que ele precisa ouvir e quase que solucionar magicamente os seus problemas, no entanto, não é bem assim. Existe um processo a ser seguido, o mentor faz perguntas, clarifica questões, aconselha em grande parte das vezes não diretivamente, faz com que o próprio mentorado chegue às conclusões que procura. Assim, esta visão de que o Mentoring “basicamente” é partilha de conhecimentos e dar conselhos é redutora e limitadora do que é o processo de Mentoring, que na verdade abrange outras dimensões.

 

4. “O Mentorado é quem deve ter a iniciativa de pedir ajuda. ”

É muito comum em momentos de avaliação ouvir do Mentor que quem tem que pedir ajuda é o Mentorado, às vezes as pessoas esquecem que o Mentoring é feito da relação entre as pessoas. Independentemente de existir entre Mentor e Mentorado um canal de comunicação aberto, onde o Mentor informa o Mentorado que o pode contactar caso tenha necessidade, para a eficiência e eficácia do programa, é recomendado que exista um plano minimamente estruturado, com a periodicidade das sessões e os objetivos. Isto não impede que se estabeleça uma relação em que ambos possam entrar em contacto sempre que sentirem necessidade de o fazer.

 

5. “A chefia pode ser o Mentor do Mentorado. ”

Outro mito bastante comum, quase numa lógica de passar os conhecimentos adquiridos. No entanto, quando falamos de um programa de Mentoring estruturado, o mesmo tem como um dos objetivos abrir novas possibilidades, recursos e relacionamentos ao Mentorado, por isso, a chefia não é necessariamente a melhor pessoa para assumir este papel. Ambos podem ter dificuldade em estabelecer a relação de confiança, que é tão importante para que a relação de Mentoring flua.

 

Agora que já conhece 5 mitos do Mentoring, o que considera pertinente conhecer mais? Na Certificação em Mentoring falamos sobre o programa de Mentoring, competências do Mentor e ferramentas práticas para utilizar com o Mentorado. Conheça o nosso programa de formativo e invista no seu desenvolvimento.

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Bianca Lima Santos

Psicóloga | Formadora

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